segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não A Que Me Amava

Ela devia estar
Naquele vagão do trem
Se era,
Se não fora,
Nunca se saberá.

Dizem que,
Antes das tragédias têm-se presságios
Naquela madrugada nebulosa
não se foi sentido nada.

Não sei se suas lágrimas molharam
O chão por onde passou
Se viveu, se morreu
Nada restou

Ela estava ali,
E ela foi chamada a retornar
Porque, aquele trilho levava à um caminho sem volta
Mas ela estava?
Realmente estava?
Custo a acreditar
Que se foi

Eu,
Não recolhi suas lágrimas
Antes e depois não senti nada
Não sei se ela estava naquele vagão
Um amor partiu e custo a acreditar
Um amor perdido nunca vai voltar

Menina estava ali,
Não a que me amava
Eu vi ela embarcar
Não a que me amava
Ela deu seu amor a alguém
Não a que me amava.

Eu tive de estragar os trilhos do trem
Para acabar,

A que me amava morreu há muito tempo,
Nas mãos de um outro qualquer
Que tirou-lhe o coração
Seco, eu já estava há muito tempo então

Agora eu matei o amor de alguém
Acabando a sina
Não a que me amava.

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